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Política de Privacidade


1. INTRODUÇÃO


A proteção de dados pessoais é uma prioridade da Ágora – Cultura e Desporto do Porto, EM., S.A. (doravante designada por Ágora). A política de privacidade e proteção de dados pessoais adotada esclarece quais são os dados pessoais recolhidos, para que finalidades são utilizados, quais os princípios que orientam a utilização desses dados e os direitos que assistem aos seus titulares.

A Ágora é uma empresa local de natureza municipal, dotada de autonomia estatutária, administrativa e financeira, constituída em 29 de setembro de 2006 (então como Porto Lazer E.M.), cujo capital social é detido integralmente pelo Município do Porto, nos termos constantes do Regime Jurídico da Atividade Empresarial Local e das Participações Locais.

O seu objeto social consiste na promoção e desenvolvimento da cultura, da atividade física e do desporto, outras atividades de animação da Cidade, bem como a promoção e desenvolvimento de marcas associadas à Cidade do Porto, para além das atividades que sejam determinadas pela gestão dos espaços e equipamentos que estejam sob a sua gestão.


2. ÂMBITO


Esta política aplica-se todos aqueles que, de alguma forma, se relacionam com a Ágora.


3. RESPONSÁVEL PELO TRATAMENTO DE DADOS



Enquanto responsável pelo tratamento dos dados que lhe são confiados, a Ágora:
– Assegura que o tratamento de dados pessoais é efetuado no âmbito das finalidades para os quais os mesmos foram recolhidos ou para finalidades compatíveis com os propósitos iniciais;
– Assume o compromisso de implementar uma cultura de minimização de dados em que apenas recolhe, utiliza e conserva os dados pessoais necessários;

– Não procede à divulgação ou partilha de dados pessoais para fins comerciais ou de publicidade.


4. COMO SÃO UTILIZADOS OS DADOS PESSOAIS


A Ágora utiliza os dados pessoais fornecidos em requerimento, comunicação, queixa, participação ou em website, para dar resposta aos pedidos recebidos, bem como para fins estatísticos, de continuidade do serviço e participação em eventos.

Complementarmente, recolhe as informações fornecidas pelos seus interlocutores, tais como comentários, sugestões e críticas/reclamações, numa ótica de melhoria constante.


5. DADOS PESSOAIS RECOLHIDOS


Os dados pessoais recolhidos dependem do contexto das interações com a Ágora, no âmbito da sua atividade.

Os dados recolhidos podem incluir os seguintes itens:
Identificação:
– Nome
– Idade
– NIF
– Número do Cartão de Cidadão/Bilhete de Identidade
– Número de Segurança Social

Dados Financeiros/Pagamento:

– Número de identificação bancária

Dados institucionais:

– Email institucional

Contactos:

– Morada

– Endereço de email

– Número de telefone/telemóvel

Imagem:

– Imagem das câmaras de segurança


6. DADOS PESSOAIS DE MENORES


Os dados pessoais dos menores de idade, cuja recolha e tratamento não decorra de fundamento legal ou do exercício de funções de interesse público/ autoridade pública, somente serão recolhidos e tratados com o consentimento expresso dos detentores das responsabilidades parentais ou encarregados de educação. Os detentores das responsabilidades parentais ou encarregados de educação têm a prerrogativa de exercer os direitos sobre os dados pessoais dos menores em condições similares aos dos titulares dos dados.


7. RECOLHA E TRATAMENTO DE DADOS ESPECIAIS


Os dados pessoais poderão ter uma natureza mais sensível em determinadas situações, classificando-os o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) como "categorias especiais de dados", que incluem, entre outros, dados sobre saúde.

O tratamento associado a categorias especiais de dados merece uma proteção acrescida no RGPD e é sujeito a salvaguardas técnicas e organizativas específicas. Nesse sentido, a junção de documentação que incorpore categorias especiais de dados só deverá ser efetuada quando tais dados constem como documentos instrutórios ou facultativos nos formulários disponibilizados e publicitados pela Ágora.


8. MOTIVOS POR QUE SÃO PARTILHADOS DADOS


A Ágora apenas partilha dados pessoais com terceiros no exercício de funções de interesse público/autoridade pública, no estrito cumprimento de obrigações legais, ou mediante o consentimento prévio do seu titular.


9. SEGURANÇA DE DADOS PESSOAIS


A Ágora utiliza um conjunto de tecnologias, ferramentas e procedimentos de segurança, desenvolvendo os melhores esforços para proteger os dados pessoais do acesso, uso ou divulgação não autorizados.


10. COMO ACEDER E CONTROLAR OS DADOS PESSOAIS


A Ágora possibilita, a pedido do seu titular, o acesso, retificação, limitação de tratamento e apagamento de dados pessoais. O titular dos dados tem também o direito de se opor ao processamento dos seus dados pessoais.

Caso a utilização dos dados pessoais seja baseada no consentimento, o titular dos dados tem o direito de o retirar, sem comprometer a validade do tratamento de dados efetuado até esse momento.

Poderá sempre ser contactada a Encarregada de Proteção de Dados da Ágora (dpo@agoraporto.pt) para esclarecimento de todas as questões relacionadas com o tratamento dos dados pessoais e exercício dos direitos enquanto titular de dados pessoais.


11. DIREITOS DO TITULAR DE DADOS


O titular dos dados tem os seguintes direitos:

Direito a ser informado – direito a ser informado, de forma clara, simples e transparente sobre o tratamento dos seus dados pessoais por parte da Ágora.

Direito de acesso – direito de aceder aos dados pessoais que lhe digam respeito e que são tratados pela Ágora.

Direito de retificação – caso verifique que Ágora tem dados pessoais incorretos, incompletos ou inexatos, de que seja titular, tem o direito de solicitar a sua correção ou retificação.

Direito de oposição – direito de se opor ao tratamento de dados por parte da Ágora. No entanto, os fundamentos legais ou de interesse público poderão prevalecer sobre o direito de oposição.

Direito de limitação – direito de solicitar a limitação do tratamento dos seus dados pessoais pela Ágora, a certas categorias de dados ou finalidades de tratamento. No entanto, os fundamentos legais ou de interesse público poderão prevalecer sobre o este direito.

Direito ao apagamento dos dados pessoais ou "direito a ser esquecido"- direito de pedir o apagamento dos seus dados pessoais, se não existirem fundamentos legais ou de interesse público que justifiquem a conservação daqueles dados pessoais.
Direito a retirar o consentimento – sempre que o tratamento dos seus dados pessoais seja efetuado com base no seu consentimento, tem o direito de solicitar à Ágora que deixe de efetuar esse tratamento.

Direito à portabilidade – direito a receber os dados pessoais que lhe digam respeito, em formato digital de uso corrente e de leitura automática ou solicitar a transmissão direta dos seus dados para outra entidade, mas neste caso apenas se for tecnicamente possível.


12. RETENÇÃO DE DADOS PESSOAIS


A Ágora conserva os dados pessoais pelo período necessário e razoável e no âmbito da(s) finalidade(s) para os quais são recolhidos.

Os períodos de conservação podem mudar significativamente quando fins de arquivo de interesse público ou motivos históricos, científicos ou estatísticos o justifiquem, comprometendo-se a Ágora a adotar as adequadas medidas de conservação e segurança.

Para determinação do período de conservação adequado, a Ágora toma em consideração as várias deliberações das autoridades de controlo de proteção de dados europeus, nomeadamente da CNPD, e o Regulamento Arquivístico para as Autarquias Locais (Portarias nº 412/2001, de 17 de abril e 1253/2009, de 14 de outubro).

Os dados serão eliminados assim que deixarem de ser necessários para a(s) finalidade(s) definida(s) ou quando o consentimento for retirado.


13. COOKIES E TECNOLOGIAS SEMELHANTES


A Ágora utiliza cookies (pequenos ficheiros de texto que um site, ao ser visitado pelo utilizador, coloca no seu computador ou no seu dispositivo móvel através do navegador de internet) para fornecer serviços online, auxiliar a recolha de dados e guardar configurações, tendo em vista a melhoria de desempenho e da experiência do utilizador.


14. REDES SOCIAIS


Facebook

Instagram

Youtube

Linkedin


15. INFORMAÇÕES DE CONTACTO


Para mais informações sobre as práticas de privacidade e proteção de dados pessoais da Ágora poderá ser enviado email para: dpo@agoraporto.pt.


16. ALTERAÇÕES A ESTA POLÍTICA DE PRIVACIDADE


Esta política de privacidade e proteção de dados pessoais será objeto de atualização regular, sempre que se justifique.

Quando forem publicadas alterações a esta política será, simultaneamente, alterada a respetiva data de atualização.

Recomenda-se a consulta periódica à política de privacidade e proteção de dados pessoais para obter informação sobre o modo como a Ágora protege os dados pessoais e para atualização sobre as informações e direitos que assistem aos titulares dos dados.

Poderão ser feitas sugestões de melhoria através do email dpo@agoraporto.pt.


Data da última atualização: 11 de maio de 2022


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Pinacendá
Ter

 

15

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05


2018

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Não é uma crítica
Pinacendá

Diana Thedim

— Bailarina e coreógrafa —

Mi abuelo me decía, para salir a bailar por “soleá”( estilo flamenco) , que me imaginara un puente de madera viejo, hay que pisarlo con firmeza, para que no se tambalee, pero no con más fuerza de la cuenta para que no se rompa y cayera al precipicio, ¿Qué precipicio, le pregunté?, el de la soleá, ¿te parece poco?

Juan Manuel Fernandez Montoya, Farruquito.


Apesar de permanecer um mistério, a origem da arte flamenca parece remontar a meados do séc.XVIII de acordo com registos que datam e fixam as primeiras referências de canto e guitarra flamenca no seio de algumas famílias andaluzas de etnia cigana. Nasceria então no espaço físico compreendido entre as cidades de Sevilha, Cádiz e Jerez de la Frontera, na provincia que dá nome a este último espetáculo de Farruquito. Andaluzia ou PINACENDÁ em “caló” (língua cigana), e a que pudemos assistir no dia 12 de maio no Coliseu do Porto durante o encerramento do Festival DDD - Dias Da Dança.

Uma arte que atravessaria fronteiras e continentes para se afirmar, em 2002, como uma manifestação artística de caráter universal, declarada então como Patrimonio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco.

Tão distante então do seio das familias que a viram nascer, a arte flamenca ou o flamenco como manifestação artística, percorre mundo como um viajante, apaixonando públicos, conquistando intérpretes, derrubando formas, criando escolas. Uma arte que se quer “pura” para conservar a sua essência, mas que paradoxalmente se encontra em continua transformação de acordo com a forma de sentir de cada intérprete, de cada artista, de cada mestre, de cada flamenco.

Não é folclore. Não é arte popular no sentido de que não é uma manifestação regional , como o podem ser as “sevilhanas”, canto e dança populares que obedecem a quadraturas e coreografias especificas. Nem se identifica com a rumba flamenca que apareceria mais tarde na região da Catalunha, mais concretamente em Barcelona, e que grupos ou intérpretes internacionais, mais ou menos “aflamencados”, ajudariam a conquistar para si dando-lhe uma notoriedade mundial efetivamente de caráter popular.


O flamenco é uma arte. Uma arte que se passeia no fio da navalha das emoções e não propriamente de segunda a sexta-feira como explica em tom divertido Farruquito numa entrevista: “no se puede ser flamenco de lunes a viernes”. Porque o flamenco mais do que uma arte é, de forma intrínseca, uma forma de ser e estar na vida. Juan Manuel Fernandez Montoya, conhecido por Farruquito é, por legado familiar, filho, sobrinho e neto de artistas referenciados como grandes nomes na história do flamenco. Apenas com 35 anos de idade, este “bailaor” (bailarino flamenco), é apelidado carinhosamente por companheiros de trabalho como Mestre. Um privilégio que no mundo flamenco é apenas concedido a artistas de outra geração que não a sua.


PINACENDÁ, ou “Andaluzia”, traduz assim um nome que quer reivindicar ser a sua fonte de inspiração, ao designar a região que o viu nascer e que faz parte das suas vivências. No entanto, uma inspiração quem sabe, muito mais do que geográfica, que reivindica as suas próprias origens consanguíneas na voz que o acompanhou desde criança. Uma voz que foi movimento através do seu avó, apelidado El Farruco. Patriarca cigano, sevilhano, homem de uma força emotiva poderosa e que transmitiria ao seu neto um conhecimento ancestral aliado ao estudo de uma técnica depurada posta ao serviço de uma arte emotiva. Juan estudou, muito! Estudou “como atravessar rios” tal como lhe explicava descrevendo o movimento o seu avô desde criança. Por metáforas, por sentido mais do que por imitação. E Juan aprendeu a improvisar porque conhece o código e aprendeu a linguagem que forma o flamenco. Domina os “palos”, estilos musicais de cada “cante” e improvisa criando, para êxtase de um público, que agradece a generosidade do artista no palco. Juan aprenderia finalmente a atravessar rios “e a não se picar nas pedras”!…

No Coliseu do Porto, mais do que dançar, mostrou e demonstrou porque é apelidado de Mestre pelos seus companheiros de profissão. No seu olhar lê-se Andaluzia e a história de um povo. Lê-se e sentem-se os longínquos laços de sangue que o criaram e lhe deram voz. Os dois séculos da história desta arte estão na forma como quase imperceptivelmente o seu corpo se contorce enquanto o seu domínio técnico elabora um complicado jogo de sons através do sapateado que, mais do que música, evoca vozes… São lamentos mas também rebeldia e decisão. Força abrupta. Imprevisível mesmo para os músicos que o acompanham neste espetáculo. Na sua dança, no seu corpo, cada músculo cria e aguenta uma tensão levada até ao limite para irromper em pura energia. E um sorriso de quem é consciente do que provoca.


Agradecem-se os músicos de exceção que o acompanharam todos eles únicos na sua forma e saber. E no final o público de pé rendeu-se e aplaudiu vivamente o Mestre flamenco sevilhano. Porque na história da arte flamenca, muitos serão os artistas, alguns criando nos nossos dias escolas de um flamenco contemporâneo que roça a genialidade como é o caso do bailarino Israel Galván, artista que o público portuense pode ver e aplaudir no Teatro Rivoli em julho de 2017. Mas muito poucos podem reivindicar para si a escola do flamenco de sangue, de genes, de condição ancestral, de casta e raíz, de família. Sem artifícios, sem mais cenário que a própria memória de sangue e a sua história de pontes e rios.


Sinto-me muito feliz que a organização de um jovem festival internacional de dança de tão elevada craveira como o Festival DDD, organizado nas cidades do Porto, Matosinhos e Gaia, vivenciado com essa força com que se define , “como um projeto federador de vontades políticas, sociais e culturais”, tenha tido a sensibilidade de convidar neste ano de 2018, e para o seu encerramento, uma figura ímpar da dança, com o reconhecimento e prestigio mundial que caraterizam o “bailaor” José Fernandez Montoya, Farruquito.

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