Paisagem Boldo

Paisagem Boldo

Paisagem Boldo
Gonçalo Lopes

Durante a infância, no Rio de Janeiro dos anos 1960, o coreógrafo João Saldanha viveu o sonho da arquitetura modernista brasileira de unir o indómito da natureza brasileira às abstrações do plano pensado. A permeabilidade da arquitetura aos peões, a relação variada com a incidência solar, a fruição vernacular dos materiais e dos recursos locais conjugam-se no desejo utópico de um novo mundo tornado espaço de convivência por arquitetos como Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e Lina Bo Bardi. Nas suas tardes, no bairro carioca do Leblon, João aventurava-se com a sua bicicleta em toda uma série de edifícios construídos sob essa influência. As rampas, os pilares, os jardins sinuosos, os livres acessos e planos suspensos tornaram-se nos seus territórios infantis de descoberta, onde o volume, a velocidade, as distâncias e os enquadramentos eram acessíveis pelo seu corpo educando os sentidos. Paisagem Boldo resgata essa experiência cinética que moldou a poética espacial do coreógrafo carioca, ocupado com o peso do corpo, o volume do movimento, o atravessamento do espaço, e trá-la de volta para o mergulho num passeio de bicicleta, onde os pilares, os cobogós, as rampas, os planos livres e suspensos, as texturas do paisagismo moderno ressurgem na paisagem construída de um circuito sensorial. 



Crianças entre 7-12 devem ser acompanhadas por adultos. Desaconselhável para menores do que 7 anos



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Ficha técnica

Conceção e direção artística

Gustavo Ciríaco  

Projeto arquitetónico e colaboração artística 

João Gonçalo Lopes  

Artista convidado 

João Saldanha  

Construção e conceção de montagem

Patrick Hubmann e João Gonçalo Lopes  

Administração e gestão financeira

Missanga Antunes | Efémera Colecção - Associação Cultural

Direção de produção

Sinara Suzin  

Coprodução

Fundição Progresso, Teatro Municipal do Porto / DDD – Festival Dias da Dança  

Apoio institucional 

THIRD – Dance and Theatre Academy – Amsterdam University of the Arts  

Residências Artísticas

DEVIR – Centro de Artes Performativas do Algarve, Pico do Refúgio, Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, 23 Milhas/Fábrica de Ideias, Espaço Novo Negócio/ZDB  

Apoio financeiro

República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes