Coletivo Afrontosas
O Coletivo Afrontosas é uma Associação Cultural que nasceu a partir de encontros de pessoas negras/racializadas cuír ligadas ao mundo das artes, da educação e da celebração motivadas pela ausência de projetos que reflitam sobre a importância da negritude cuír da diáspora em Portugal em confluência com os trânsitos migratórios da América Latina, África e outras regiões. Um dos objetivos do Afrontosas é fomentar, promover e divulgar a produção artística e educacional de artistas negres/racializadas cuír a fim de criar espaços interseccionais para o debate e a interlocução entre agentes culturais no âmbito nacional e internacional. Lutamos contra o racismo estrutural no sector da arte, a fim de tornar o campo artístico em Portugal mais diversificado em termos de representação e diversidade. O Coletivo atua em cinco áreas: Arte e Pesquisa; Acolhimento e Ancestralidade; Consultoria e Ensino; Cultura e Celebração e Lifestyle e Fashion Design.
*Somos os sonhos impossíveis da nossa ancestralidade*
Di Candido aka DIDI é artista transdisciplinar, cuja prática integra investigação, curadoria, arte-performance e DJing. Com formação em Direito pela Universidade Candido Mendes e mestrado em Comunicação, Cultura e Tecnologia pelo ISCTE – IUL, DIDI aborda temas como (re)territorialização coletiva, cibercultura, ecologia, mitologias cuir, identidades e ativismo antirracista, com foco nas comunidades cuir, negras e migrantes na diáspora. Fundou de diversos coletivos e eventos que promovem as subjetividades negras, cuir e imigrantes em Portugal, destacam-se: @afro__ntosas, @uniaonegradasartes, @curvycurvs (plataforma-festa body- e sex-positive) e @bee_lx (unidade criativa). Sua prática artística transita entre o Brasil, Reino Unido, Portugal e Bélgica, envolvendo-se em ativações com artistas e coletivos da afrodiáspora em projetos culturais e artísticos. DIDI já colaborou com instituições renomadas, incluindo BOZAR - Centre for Fine Arts, La Briqueterie, Centre National de la Danse (CND), Museu do Aljube, MAAT, QUEERCIRCLE UK, Teatro do Bairro Alto, Culturgest, KunstenFestivaldesarts e Alkantara Festival. Como DJ, DIDI oferece uma seleção de ritmos e vibrações club, profundamente enraizada na música afrodiaspórica, transitando do R&B dos anos 90/00 ao afrobeat, house, baile funk, amapiano e kuduro.
tony omolu é uma artista híbrida, cuja poética se define por uma constante busca de transcender as fronteiras do corpo e da representação eurocentradas. Navegando entre as águas do teatro, das danças de matriz africana do Brasil e da dança contemporânea, sua criação é permeada pela experiência cuir e antirracista enquanto o fazer artístico é um instrumento de ação ético-estético-política, onde o corpo se dilata, expandindo-se em energia ancestral, desafiando convenções e normatividades. Seus trabalhos integram estéticas e técnicas enraizadas na amefricanidade, um conceito central que orienta sua prática artística e seu pensamento. teve performances apresentadas no Alkantara, Teatro São Luiz, MAAT, Valsa dentre outros. É mestre em teatro com investigação sobre metodologia em dança afro-brasieira, é pós-graduada em Interpretação teatral e licenciada em Filosofia. Co-fundadora do coletivo afrontosas nascido em 2022.
ROD é pesquisador e artista visual. Pós-Doutor pelo Centro de Estudos da Comunicação e Sociedade do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, Doutor em Sociologia pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e Mestre pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Fundou o Coletivo Afrontosas em 2022, uma associação cultural que nasceu a partir de encontros de pessoas negras/racializadas cuír ligadas ao mundo das artes, da educação e da celebração motivadas pela ausência de projetos que reflitam sobre a importância da negritude cuír da diáspora em Portugal em confluência com os trânsitos migratórios da América Latina, África e outras regiões. É também co-fundador da UNA – União Negra das Artes. Mais informações: rodrigoribeirosaturnino.net / @_rod_ada
Allian Fernando Santos Alves (2002) é um artista multidisciplinar nascido em Piracicaba, São Paulo, Brasil, e atualmente residente entre Santa Maria da Feira e Porto, Portugal. Com uma prática artística que transita entre performance, música, teatro, fotografia, moda e curadoria, Allian é uma força criativa em ascensão no cenário cultural português. Estudante de História da Arte na Universidade do Porto, seu trabalho é marcado pela exploração da espiritualidade negra, da identidade racializada e da expressão queer, com especial foco na fusão de linguagens artísticas. Allian é também fundador do coletivo artístico ARCANA, que busca revolucionar a cena underground do Porto com propostas que misturam energia crua, estética provocativa e um olhar atento para as questões sociais.
Nascida em Fortaleza, no Brasil, Shereya foi criada por mulheres professoras e por um avô artesão. No Brasil, formou-se em teatro (2009), dança (2012) e performance (2019). Explora os espaços de interação e recorre ao conceito de “gambiarra” (a inventividade através do improviso e da adaptação) para alimentar sua pesquisa sobre as possíveis imagens da democracia nos corpos performáticos cuir/queer. Busca reposicionar as linguagens por meio da vulnerabilidade, da confusão, do sonho, do pesadelo, do sutil e do obsceno. Em 2022, Shereya concluiu sua formação no mestrado exerce do ICI—Centre Chorégraphique National Montpellier. Atualmente, trabalha em seus próprios projetos e atua como intérprete para os coreógrafos Luara Raio, Calixto Neto, Nadia Beugré, Catol Teixeira e a mother Lasseindra Lanvin.